Leque – Século XVIII
N. º Inv. 84.620
Material –
Madrepérola, papel.
Técnica –
Rendilhado e Pintura.
Altura – 29.4 cm
Largura – 51.1 cm
A
Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça possui uma fabulosa coleção de leques,
cronologicamente datados dos séculos XVIII, XIX e XX. Os materiais utilizados
são entre outros: o fio de ouro, o marfim, as lantejoulas, o pergaminho, o
papel, a madrepérola e a seda. As técnicas utilizadas são, sobretudo, o
rendilhado, o bordado e a pintura sobre papel.
O
leque era, sobretudo, um objecto de adorno, mas associado a ele há também uma linguagem
e códigos de diversos significados.
As
trocas comerciais com a América Colonial e o Oriente, assim como, os rigores do
clima espanhol e português justificam a importância concedida ao uso do leque,
naqueles países.
Imitando
os modelos Aztecas ou Incas, com penas, ou os orientais, pintados, o leque
torna-se um elemento de toilette indispensável para ambos os sexos.
Numa
corte castelhana, austera, com mulheres vestidas de negro, até mesmo os
soldados, usavam leques para minorar os efeitos do calor. Reinava a Santa
Inquisição e os costumes eram particularmente rígidos; por isso, deixar escapar
um olhar sensual ou uma palavra mais imprudente, poderia trazer sérios
dissabores, pelo que, o sexo feminino foi aperfeiçoando um código muito
elaborado em que o porta-voz era o leque.